quarta-feira, 11 de junho de 2025

Bolsonaro no STF: Entre a Fanfarra e a Fralda Moral

Bolsonaro no STF: Entre a Fanfarra e a Fralda Moral

Bolsonaro no STF

Publicado em: 11 de junho de 2025

No dia 10 de junho de 2024, Jair Bolsonaro se apresentou diante do Supremo Tribunal Federal para prestar depoimento em um dos casos mais delicados de sua carreira política: a investigação sobre tentativa de golpe de Estado e articulações antidemocráticas.

O momento, aguardado com grande expectativa, foi marcado mais pelo constrangimento do que pelo conteúdo. Longe da retórica inflamada que marcou seu governo, o ex-presidente mostrou-se hesitante, evasivo, acuado — um contraste gritante com a imagem de valentia que projetava nos famosos “cercadinhos” e lives presidenciais.

Calmantes visíveis em sua linguagem corporal, suor abundante e uma postura defensiva compuseram o retrato de um homem em queda.

A crônica “Crônica de uma covardia anunciada” sintetiza o sentimento de muitos brasileiros diante da performance do ex-capitão. O texto, escrito com ironia cortante, não economiza nas metáforas corporais para descrever o que viu como um espetáculo grotesco de covardia, mentira e autoincriminação. A linguagem popular, embora dura, acerta ao captar o espírito do momento: o colapso público de um personagem construído sobre a bravata.

Os advogados atuais, diferentes dos da época das investigações preliminares, tentaram conduzir uma defesa técnica, mas foram ofuscados por uma sucessão de tropeços retóricos do próprio Bolsonaro, além de contradições com falas anteriores. Como destaca a crônica, houve “coragem performática” nos bastidores e “peidorreira moral” diante do juiz.

Mais do que um julgamento, o dia 10/06 simbolizou uma virada no imaginário político nacional. A máscara caiu, e com ela caiu também o mito da valentia inabalável. Para muitos, ficou a sensação de que o Brasil precisa não apenas de justiça, mas também de um “Bolsa-Sanidade” — um socorro coletivo contra a normalização do absurdo.

A memória brasileira é curta, mas a vergonha de ter idolatrado um herói de papelão pode durar um pouco mais. E, como bem pontuou o cronista, o fedor que ficou no ar talvez seja apenas o perfume tardio da justiça que se anuncia.

📘 Leia também: Crônica de uma covardia anunciada (no Facebook)


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Tags: Bolsonaro, STF, julgamento, golpe de Estado, democracia, política brasileira, crônica política

DEPOIMENTO DO GENERAL PAULO SÉRGIO (APELIDO: GPS)

DEPOIMENTO DO GENERAL PAULO SÉRGIO (APELIDO: GPS)



sexta-feira, 6 de junho de 2025

A fuga de Carla Zambelli

A fuga de Carla Zambelli

A fuga da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) do Brasil, após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), gerou grande repercussão política e jurídica.

🛫 Fuga e Condenação

Em 25 de maio de 2025, Zambelli deixou o Brasil pela fronteira com a Argentina, seguindo para Buenos Aires. De lá, viajou para os Estados Unidos e, posteriormente, para a Itália, onde possui cidadania. A deputada foi condenada pelo STF por ordenar a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a emissão de documentos falsos. Após sua saída do país, o ministro Alexandre de Moraes determinou sua prisão preventiva e solicitou a inclusão de seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol.

⚖️ Repercussões Jurídicas

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o bloqueio de bens de Zambelli para garantir o cumprimento de condenações em causas civis nas quais é ré. Além disso, o STF instaurou um inquérito para apurar possíveis crimes de coação no curso do processo.

🇮🇹 Situação na Itália

Zambelli declarou que, por ter passaporte italiano, está segura na Itália e que "podem colocar a Interpol atrás de mim, eles não me tiram da Itália". No entanto, especialistas afirmam que a cidadania italiana não a torna imune às leis ou ao acordo de extradição firmado entre a Itália e o Brasil. Há precedentes de extradição de cidadãos italianos condenados no Brasil, como o caso de Henrique Pizzolato.

🧾 Consequências Políticas

A fuga de Zambelli ocorre em um momento delicado para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta investigações relacionadas a seu filho, Eduardo Bolsonaro, e a uma suposta tentativa de golpe de Estado. Zambelli, que já foi uma aliada próxima de Bolsonaro, havia rompido laços políticos com o ex-presidente, que a culpou por sua derrota nas eleições de 2022 após um episódio em que ela perseguiu um militante do PT com uma arma em mãos.

📰 Conclusão

A fuga de Carla Zambelli levanta questões sobre a eficácia das instituições brasileiras em lidar com casos de figuras públicas condenadas. O desfecho desse caso poderá estabelecer precedentes importantes para a política e o sistema judiciário do país.

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Trump ataca Elon Musk e critica Biden por manter subsídios bilionários

Trump ataca Elon Musk e critica Biden por manter subsídios bilionários

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, publicou uma declaração direta contra o bilionário Elon Musk e seus contratos com o governo americano. Em sua rede social, Trump afirmou:

Post de Trump sobre Elon Musk
“A maneira mais fácil de economizar dinheiro em nosso orçamento — bilhões e bilhões de dólares — é encerrar os subsídios e contratos governamentais de Elon. Sempre me surpreendi que Biden não tenha feito isso!”

💸 Subsídios a Musk: o que está em jogo?

Elon Musk é CEO de empresas como Tesla, SpaceX e Starlink — todas com grandes contratos e incentivos públicos:

  • Tesla: isenções fiscais para carros elétricos e energia limpa.
  • SpaceX: contratos com a NASA e o Departamento de Defesa para lançamentos e segurança espacial.
  • Starlink: serviços contratados para zonas de guerra, como na Ucrânia.

Trump sugere que esses acordos seriam desnecessários ou excessivos, podendo ser cortados para reduzir o déficit público.

🔄 Relação tensa com Elon Musk

Embora Musk já tenha demonstrado simpatia por ideias conservadoras, sua relação com Trump esfriou. O empresário chegou a dizer que não votaria novamente em Trump e, por um período, apoiou o governador Ron DeSantis e o independente Robert F. Kennedy Jr.

Em resposta, Trump já o chamou de “artista do hype” e agora reforça as críticas.

🧨 Crítica indireta a Biden

Além de Musk, o alvo de Trump é também Joe Biden, a quem ele acusa de manter privilégios e não cortar esses gastos bilionários. A declaração sugere que Trump, se eleito novamente, tomaria uma atitude diferente.

✍️ Conclusão

Com a eleição americana se aproximando, Trump retoma seu estilo combativo — atacando rivais políticos e grandes empresários — enquanto se posiciona como o defensor da economia e do corte de gastos públicos.




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sábado, 31 de maio de 2025

Nikolas Ferreira - Primo preso com drogas

Nikolas Ferreira - Primo preso com drogas


O primo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes, foi preso em flagrante no dia 23 de maio de 2025, em Uberlândia (MG), por suspeita de tráfico interestadual de drogas. Durante a abordagem realizada pela Polícia Federal na BR-452, foram encontrados 30,2 kg de maconha e 3,82 g de cocaína no porta-malas do veículo em que Glaycon estava.

Glaycon admitiu que transportava a droga para Nova Serrana (MG), mas não revelou quem seria o destinatário. Ele estava acompanhado de outro homem, que foi ouvido e liberado pela polícia. Na audiência de custódia realizada em 24 de maio, o juiz José Roberto Poiani converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, justificando a decisão pela grande quantidade de entorpecentes apreendidos.

Além disso, a Polícia Civil de Minas Gerais realizou uma busca em um imóvel em Pitangui (MG), onde apreendeu maconha, haxixe e crack. Uma mulher de 26 anos foi presa em flagrante por tráfico de drogas durante essa operação .

Até o momento, o deputado Nikolas Ferreira não se pronunciou publicamente sobre a prisão de seu primo. No entanto, o deputado federal André Janones (Avante-MG) comentou o caso em suas redes sociais, destacando que não há provas que liguem Nikolas Ferreira ao narcotráfico, mas solicitando uma investigação sobre emendas parlamentares que teriam sido enviadas a Glaycon Fernandes .

Para mais detalhes sobre o caso, você pode assistir à seguinte reportagem:




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URGENTE!! Nikolas DESAPARECE após escândalo MILIONÁRIO com TRAFlCANTES s...

URGENTE!! Nikolas DESAPARECE após escândalo MILIONÁRIO com TRAFlCANTES ser revelado!!





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segunda-feira, 26 de maio de 2025

Ações de Eduardo Bolsonaro nos EUA terão consequências para ele e seu pai

Ações de Eduardo Bolsonaro nos EUA terão consequências para ele e seu pai





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quinta-feira, 1 de maio de 2025

O escândalo do INSS

📌 O escândalo do INSS


Moro, Marinho e Bolsonaro, porque não investigaram?

O escândalo do INSS de forma geral pode se referir a diferentes episódios ao longo da história do Brasil, pois o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já esteve no centro de diversas denúncias de fraudes, corrupção, desvios de verba e má gestão.

Veja alguns dos principais escândalos relacionados ao INSS:

🔹 1. Fraudes em benefícios previdenciários

Um dos tipos mais recorrentes de escândalo no INSS envolve concessão de benefícios fraudulentos, como:

  • Aposentadorias por invalidez para pessoas saudáveis;

  • Pensões pagas a pessoas que falsificaram documentos;

  • Auxílio-doença concedido com laudos falsos;

  • "Segurados fantasmas", ou seja, benefícios pagos a pessoas já falecidas.

Essas fraudes costumam envolver funcionários públicos, médicos peritos, advogados e atravessadores.

🔹 2. Operação Tabajara (anos 1990)

Essa operação da Polícia Federal desmantelou um esquema que fraudava benefícios com documentos falsos no INSS. O nome foi inspirado nos "planos tabajara" dos programas humorísticos da época, devido à fragilidade das fraudes.

🔹 3. Operação Sanguessuga (2006)

Embora não tenha atingido diretamente o INSS, revelou conexões entre parlamentares e desvios de verbas públicas que incluíam recursos da saúde e da seguridade social. Indiretamente, prejudicou o sistema previdenciário.

🔹 4. Esquemas de corrupção em perícias médicas

Diversas investigações revelaram médicos peritos recebendo propina para liberar benefícios de forma irregular. Em muitos casos, os peritos eram coniventes com quadrilhas organizadas que aliciavam segurados para fraudar o INSS.

🔹 5. Fraudes em massa (2010–2020)

O INSS passou por uma série de pente-finos para cancelar milhares de benefícios irregulares. Durante esse período, descobriu-se que bilhões de reais estavam sendo pagos indevidamente.

🔹 6. Denúncias de 2023–2024

Mais recentemente, denúncias apontam para demora proposital na análise de benefícios, uso político da fila do INSS e suspeitas de favorecimento em contratos de digitalização e TI, além de irregularidades na concessão de aposentadorias rurais.

🔸 Impacto desses escândalos:

  • Prejuízo bilionário aos cofres públicos;

  • Desconfiança da população no sistema previdenciário;

  • Atrasos para quem realmente precisa do benefício;

  • Aumento da fiscalização e das operações da Polícia Federal.

O escândalo mais recente refere-se a descontos não autorizados no período de 2019 a 2024

O escândalo mais recente envolvendo o INSS refere-se a descontos não autorizados em aposentadorias e pensões, ocorridos entre 2019 e 2024.Durante esse período, entidades conveniadas ao INSS realizaram cobranças indevidas diretamente na folha de pagamento de beneficiários, sem o devido consentimento.

🔍 Principais descobertas da auditoria

  • Valor total descontado indevidamente: Aproximadamente R$ 45,5 milhões foram subtraídos de aposentados e pensionistas entre janeiro de 2023 e maio de 2024.

  • Número de beneficiários afetados: Mais de 1,1 milhão de segurados solicitaram a exclusão de mensalidades associativas não autorizadas.

  • Valor médio dos descontos: Cerca de R$ 43,12 por mês por beneficiário.

  • Total de descontos associativos no período: Os descontos, tanto autorizados quanto não autorizados, somaram cerca de R$ 3,07 bilhões, afetando aproximadamente 7,7 milhões de beneficiários em maio de 2024.

  • 🏛️ Falhas na fiscalização e gestão

    A auditoria apontou que 54,56% não tinham autorização dos beneficiários. Além disso, foram identificadas falhas na formalização dos Acordos de Cooperação Técnica, com problemas na fiscalização e na verificação da documentação necessária. Essas irregularidades ocorreram durante as gestões de diretores de benefícios indicados por políticos nos governos de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.

    ⚖️ Investigações e medidas adotadas

    • Investigações em andamento: O relatório da auditoria foi encaminhado à Polícia Federal (PF) e à Controladoria-Geral da União (CGU), que estão conduzindo investigações sobre a natureza e a extensão das irregularidades. Além disso, o Ministério Público de São Paulo está conduzindo uma investigação paralela, em conjunto com a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

    • Medidas corretivas: Em resposta ao escândalo, o INSS emitiu uma Instrução Normativa em julho de 2024, estabelecendo regras mais rigorosas para autorizações de descontos. Além disso, a Diretoria de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão foi reformulada após a exoneração de André Fidelis, envolvido no caso.

    🛡️ Como se proteger e agir

    Se você é aposentado ou pensionista do INSS, é importante:

    • 1. Verificar regularmente seus extratos: Acesse o aplicativo ou site Meu INSS para conferir se há descontos não autorizados.

    • 2. Solicitar o cancelamento de descontos indevidos: Caso identifique cobranças não autorizadas, solicite a exclusão diretamente pelo Meu INSS ou pela Central Telefônica 135.

    • 3. Requerer a devolução dos valores: Você tem o direito de receber em dobro o que foi descontado sem autorização. Se a associação não devolver, o INSS poderá intervir para que o valor seja restituído.

    • 4. Ficar atento a novas medidas de segurança: O INSS está implementando sistemas de alertas automáticos para notificar os segurados sobre qualquer tentativa de aplicar descontos.

    Este escândalo destaca a importância de uma fiscalização rigorosa e da transparência nas relações entre o INSS e as entidades conveniadas, visando proteger os direitos dos aposentados e pensionistas.




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terça-feira, 29 de abril de 2025

📌 A ATUAÇÃO DE FACÇÕES CRIMINOSAS NO RIO DE JANEIRO

📌 A ATUAÇÃO DE FACÇÕES CRIMINOSAS NO RIO DE JANEIRO


Crime Organizado-Fé em Deus-CV

1. Origem nas prisões: o berço das facções

A história das principais facções criminosas do Rio de Janeiro tem suas raízes no sistema prisional:

  • Comando Vermelho (CV): surgiu no final da década de 1970 no presídio da Ilha Grande, a partir da convivência forçada entre presos comuns e presos políticos, que compartilhavam estratégias de organização e resistência. Essa união produziu um novo tipo de criminoso: mais politizado e com visão de rede.

  • Amigos dos Amigos (ADA) e Terceiro Comando Puro (TCP): nasceram posteriormente como dissidências do CV, disputando território e poder com violência.

📍 A prisão, longe de reabilitar, tornou-se uma “universidade do crime”, onde nasciam estruturas criminosas organizadas que depois se expandiriam pelas comunidades.


2. Expansão territorial: o domínio das favelas

As facções se aproveitaram do abandono estatal nas periferias e assumiram funções que o governo não cumpria:

  • “Justiça” paralela: julgam e punem moradores conforme suas próprias regras.

  • Serviços sociais: distribuição de cestas básicas, medicamentos, festas e até apoio financeiro a famílias.

  • Emprego e proteção: jovens são aliciados como “olheiros”, “vapores” e “soldados”.

📍 A ausência do Estado foi preenchida por um poder paralelo, que ofereceu pertencimento, proteção e sustento a uma população esquecida.

3.Infiltração nas instituições

Com o tempo, as facções buscaram legitimidade e blindagem, infiltrando-se em órgãos oficiais:

📌 Exemplos:

  • Corrupção policial: policiais civis e militares foram presos por envolvimento com facções, seja para liberar cargas, avisar operações ou vender armas.

  • Milicianos eleitos: o Rio viu crescer a influência de milícias, grupos formados por ex-policiais e militares que dominam áreas inteiras com lógica mafiosa e, diferentemente das facções do tráfico, buscam poder político institucionalizado.

  • Casos emblemáticos:

    • Flávio Bolsonaro foi investigado por ligações com milicianos, inclusive com o caso de Fabrício Queiroz, acusado de comandar um esquema de rachadinha com milicianos na Assembleia Legislativa.

    • Caso Marielle Franco: assassinada em 2018. Investigações revelam possível envolvimento de milicianos ligados a políticos e à segurança pública.

4. Blindagem política e eleitoral

As facções e milícias influenciam eleições em seus territórios:

  • Impõem candidatos.

  • Intimidam adversários.

  • Garantem votos em troca de favores, proteção e favores futuros no exercício do mandato.

📍 Assim, o poder criminoso deixou de ser apenas marginal e passou a se institucionalizar, entrando pelas portas da política e da administração pública.

5. Tentativas e fracassos do Estado

  • UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora): criadas em 2008, buscavam retomar o controle do Estado sobre os territórios. Tiveram sucesso inicial, mas fracassaram por falta de continuidade, corrupção interna e resistência das facções.

  • Intervenção Federal (2018): a presença militar no Rio foi marcada por resultados questionáveis. Muitas operações terminaram com mortes de inocentes, sem desmantelar efetivamente as organizações criminosas.

🎯 Conclusão

A atuação das facções criminosas no Rio de Janeiro escancara a falência de políticas públicas de segurança, o colapso do sistema prisional, e a omissão do Estado nas periferias.
Mais grave ainda: mostra como o crime, longe de estar fora das instituições, muitas vezes está dentro delas, infiltrado, blindado e até votado democraticamente.




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segunda-feira, 28 de abril de 2025

Porque tantas pessoas envolvidas com crimes adentraram nas instituições brasileiras?

Porque tantas pessoas envolvidas com crimes adentraram nas instituições brasileiras?


Porque tantas pessoas envolvidas com crimes adentraram nas instituições brasileiras?

⚖️ A crise silenciosa das instituições brasileiras


Ao longo da história, a combinação entre instituições frágeis, corrupção estrutural e ausência de fiscalização rigorosa permitiu a entrada de indivíduos ligados a práticas criminosas no poder. Analisar essas causas é essencial para quem busca compreender — e transformar — a realidade do Brasil.

Existem vários fatores históricos, políticos, culturais e estruturais que explicam por que tantas pessoas envolvidas com crimes conseguiram adentrar e até dominar espaços em instituições brasileiras, como partidos políticos, administrações públicas, Judiciário, polícias e outros setores. Vou resumir os principais pontos:

  1. Fragilidade histórica das instituições

    O Brasil sempre teve problemas com instituições frágeis, herança de períodos de colonização, império, ditaduras e governos populistas. As instituições demoraram a se consolidar como realmente independentes e republicanas.

  2. Cultura de impunidade

    Existe uma percepção — e muitas vezes uma realidade — de que o crime compensa no Brasil. As punições são lentas, brandas ou ineficazes, especialmente para pessoas com poder político ou econômico. Isso gera incentivo para que criminosos entrem nas instituições, pois sabem que podem escapar das consequências.

  3. Sistema político permissivo

    O sistema eleitoral brasileiro, principalmente antes de reformas recentes, facilitava a eleição de candidatos com histórico criminal ("ficha suja") ou suspeitos de corrupção, graças a brechas legais, financiamento de campanhas e manipulação de currais eleitorais.

  4. Corrupção estrutural

    A corrupção não é apenas um problema pontual no Brasil; ela foi, em muitos casos, estrutural, ou seja, parte do funcionamento de muitas instituições. Quem quer enriquecer ou se proteger via corrupção muitas vezes procura se infiltrar no próprio sistema que deveria combatê-la.

  5. Poder econômico do crime organizado

    Organizações criminosas como facções de tráfico e milícias cresceram tanto que passaram a financiar campanhas, controlar territórios e influenciar diretamente eleições e políticas públicas, especialmente em áreas periféricas e menos fiscalizadas

    .
  6. Educação cívica deficiente

    Uma população com baixa formação política e cívica é mais vulnerável a votar em criminosos travestidos de "salvadores", "líderes populares" ou "novas soluções". Faltou (e ainda falta) educação de qualidade que forme cidadãos críticos e atentos.

  7. Conivência e medo

    Em muitos casos, a população local, funcionários públicos e até autoridades acabam aceitando criminosos infiltrados por medo de represálias ou porque enxergam neles alguma solução prática para problemas que o Estado não resolve (segurança, infraestrutura, empregos).

  8. Judiciário e fiscalização ineficientes

    Órgãos que deveriam barrar criminosos — como Tribunais Eleitorais, Tribunais de Contas, Ministério Público — muitas vezes foram ineficientes, aparelhados politicamente ou até cúmplices.

  9. Patrimonialismo e clientelismo

    Elementos tradicionais da política brasileira, onde o público é tratado como extensão dos interesses privados, reforçaram o espaço para práticas criminosas dentro das instituições.




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quarta-feira, 23 de abril de 2025

🧊 A Nova Guerra Fria Econômica: EUA vs China e os Impactos Globais

🧊 A Nova Guerra Fria Econômica: EUA vs China e os Impactos Globais

🇺🇸 The New Economic Cold War: US vs China and Global Impacts

Subtítulo: Tarifas recordes, desacoplamento comercial e tensões geopolíticas marcam uma nova era de rivalidade entre as duas maiores potências do mundo.
Subtitle: Record tariffs, trade decoupling, and geopolitical tensions mark a new era of rivalry between the world's two largest powers.

Guerra Comercial EUA-China

🇧🇷 Versão em Português:

A escalada das tarifas entre Estados Unidos e China em 2025 atingiu níveis sem precedentes, com ambos os países impondo tarifas superiores a 100% sobre os produtos um do outro. Esse confronto econômico está provocando uma desaceleração no comércio global e aumentando as tensões geopolíticas.

Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), o comércio de mercadorias entre EUA e China deve cair 81% este ano, sinalizando uma divisão significativa nas cadeias de suprimentos globais. Fonte: Reuters

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua previsão de crescimento global para 2,8% em 2025, o menor desde 2020, atribuindo a desaceleração às tarifas impostas pelos EUA e à incerteza política. Fonte: Business Insider

Especialistas alertam que essa "nova Guerra Fria econômica" pode ter efeitos duradouros, incluindo a formação de blocos comerciais rivais e uma possível recessão global. Fonte: The Independent

🇺🇸 English Version:

The escalation of tariffs between the United States and China in 2025 has reached unprecedented levels, with both countries imposing tariffs exceeding 100% on each other's goods. This economic confrontation is causing a slowdown in global trade and increasing geopolitical tensions.

According to the World Trade Organization (WTO), merchandise trade between the US and China is expected to fall by 81% this year, indicating a significant split in global supply chains. Source: Reuters

The International Monetary Fund (IMF) has lowered its global growth forecast to 2.8% for 2025, the lowest since 2020, attributing the slowdown to US-imposed tariffs and political uncertainty. Source: Business Insider

Experts warn that this "new economic Cold War" could have lasting effects, including the formation of rival trade blocs and a potential global recession. Source: The Independent

🏷️ Hashtags sugeridas:

#GuerraComercial #EUAChina #EconomiaGlobal #Tarifas #Desacoplamento #Geopolítica #NovaGuerraFria #ComércioExterior #CriseEconômica #PolíticaInternacional




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sexta-feira, 4 de abril de 2025

💣Áudio vazado mostra conspiração de Ciro Nogueira com mercado financeiro...

💣Áudio vazado mostra conspiração de Ciro Nogueira com mercado financeiro para minar Lula até 2026💣



Ciro Nogueira e os Bastidores da Política: Áudios Revelam Estratégia para 2026 03/04/2025, Quinta-Feira

Na quinta-feira, áudios vazados e divulgados pelo canal ICL Notícias revelaram uma articulação política de grande impacto, envolvendo o senador Ciro Nogueira, presidente do Partido Progressista (PP). As gravações mostram o parlamentar debatendo, em um evento fechado com agentes do mercado financeiro, estratégias para enfraquecer o governo Lula e consolidar a direita nas eleições de 2026.

📍 Encontro com a Faria Lima

  • A conversa ocorreu no dia 31 de março, durante evento promovido pela Legende Investimentos, no auditório do BTG Pactual, em São Paulo.

  • Participaram investidores e representantes do mercado financeiro, conhecidos como "Faria Lima".

🎯 Objetivo da Articulação

  • Enfraquecer Lula politicamente;

  • Fortalecer a direita para disputar as eleições de 2026;

  • Evitar o impeachment, mas apostar no desgaste gradual do governo;

  • Oferecer governabilidade limitada, apenas até o fim do mandato atual.

🔥 Diagnóstico de Ciro Nogueira

Segundo Ciro:

  • O governo Lula é "insolvente";

  • O presidente "não tem mais capacidade de dialogar com o povo";

  • A situação lembra o cenário que precedeu o impeachment de Dilma, mas com uma diferença: Lula ainda mantém cerca de 30% de apoio, o que impediria um processo similar;

  • O melhor caminho seria deixar Lula "sangrar" politicamente até 2026.

🧩 Estratégia em Três Frentes

Ciro Nogueira apresentou um plano dividido em três etapas:

  1. Manipulação das pesquisas de opinião pública, para inflar figuras da direita e mostrar Lula como desgastado;

  2. Ação do mercado financeiro, criando instabilidade e uma sensação de que o governo perdeu o controle;

  3. Amplificação pela grande mídia, transformando dificuldades pontuais em crises irreversíveis.

💬 Trechos Marcantes da Fala de Ciro

  • “O governo já deu o que tinha que dar.”

  • “O presidente não consegue mais transmitir otimismo.

  • “Nem nos meus melhores sonhos eu esperava a deterioração da popularidade de Lula.”

  • “Hoje, o único caminho de reversão seria um choque de gestão fiscal — algo impossível no PT.”

⚖️ Defesa da Anistia para os Condenados do 8 de Janeiro

Ciro também se posicionou a favor da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, alegando que:

  • Algumas penas são exageradas;

  • “Não é mais grave quebrar o Congresso do que matar uma pessoa”;

  • A anistia ajudaria o Congresso a "virar essa página" e focar em outras pautas.

🗳️ Projeções para 2026

  • Ciro considera Lula fora do páreo na próxima eleição;

  • Reforça a necessidade de construir uma base forte na direita;

  • Avalia que o PT não tem como conduzir reformas estruturais, como previdência e assistência social;

  • Propõe preparar um nome com maior capacidade de diálogo com o Congresso e o mercado.

🎤 Considerações Finais

  • Ciro Nogueira revelou ter distanciamento pessoal de Lula, alegando que o presidente não tem mais disposição para a política;

  • Afirma que o governo vive uma crise de identidade, reciclando programas antigos com nomes novos;

  • Disse ainda que "não adianta só ganhar a eleição", é preciso ter governabilidade verdadeira.


⚠️ Nota do Blog Partido Virtual Brasileiro

As revelações contidas nos áudios reforçam o papel estratégico de bastidores que setores do mercado financeiro e da classe política desempenham, muitas vezes longe dos olhos do povo. Em um cenário democrático, é fundamental que todas as forças políticas se posicionem com clareza, mas sempre dentro da legalidade e do respeito institucional.

📌 Acompanhe mais análises e bastidores da política brasileira aqui no Partido Virtual Brasileiro.



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sexta-feira, 28 de março de 2025

O mundo paralelo do Bolsonarismo

O mundo paralelo do Bolsonarismo


O mundo paralelo do Bolsonarismo
Bolsonarism never again - Bolsonarismo nunca mais

O bolsonarismo se consolidou como um movimento político e cultural com características próprias, muitas vezes descrito como um "mundo paralelo" devido à sua visão particular dos fatos, da história e da política.

Aspectos que definem essa realidade alternativa construída pelos apoiadores mais fervorosos de Jair Bolsonaro:

1. Rejeição às Instituições Tradicionais

  • Desconfiança constante do STF, do Congresso e da grande mídia, vistos como opositores do "povo de bem".
  • Narrativa de que há uma conspiração globalista ou comunista para destruir o Brasil.

2. Fake News e Desinformação

  • Propagação de teorias da conspiração, como fraudes eleitorais sem provas e deslegitimação do sistema de votação eletrônica.
  • Uso massivo de redes sociais e grupos de WhatsApp para espalhar narrativas alternativas.

3. Culto à Personalidade

  • Bolsonaro não é visto apenas como um político, mas como um "mito" que luta sozinho contra o "sistema".
  • Críticas a ele são automaticamente rotuladas como ataques de inimigos da pátria.

4. Distanciamento da Realidade Econômica e Social

  • Negação de problemas econômicos, como o aumento da fome e da inflação, culpando sempre governos anteriores.
  • Exaltação de feitos inexistentes ou exagerados, como "o melhor governo da história".

5. Militarismo e Autoritarismo Velado

  • Defesa de um governo forte, com presença militar, e até mesmo intervenção contra instituições democráticas.
  • Tentativas de reescrever a história da Ditadura Militar, transformando torturadores em heróis.

6. Inversão de Valores e Guerras Culturais

  • Ataque a pautas progressistas, como direitos humanos e ambientais, em nome de um "Brasil tradicional".
  • Construção de inimigos imaginários, como "comunistas", "petralhas" e "ideologia de gênero".

Esse "mundo paralelo" é reforçado por bolhas digitais que criam uma realidade própria, onde Bolsonaro sempre está certo e qualquer fato contrário é manipulação da mídia.

O que acha desse cenário?



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🔥Nikolas Ferreira surta com Bolsonaro réu e Pastor Henrique Vieira destr...

quinta-feira, 27 de março de 2025

26/03/25 - Voto da ministra Cármen Lúcia no julgamento da Petição nº 121...

26/03/25 - Voto da ministra Cármen Lúcia no julgamento da Petição nº 12100 da 1ª Turma do STF



1. Introdução

  • Declaração inicial sobre a brevidade das observações.
  • Anúncio da juntada de voto escrito.
  • "Eu começaria as minhas breves observações, presidente, como já disse, eu farei juntada de voto escrito nesta fase..."

2. Referência à Obra "A Máquina do Golpe"

  • Citação da historiadora Eloísa Starling e sua obra.
  • Explicação de que golpes não ocorrem de um dia para o outro.
  • Contextualização histórica desde a década de 50, com destaque para:
    • Resistência às conquistas constitucionais.
    • Tentativas de impedir posse de vice-presidentes.
    • Impeachment informal.
    • Suicídio de Getúlio Vargas em meio a crise política.
    • Mudança constitucional para o parlamentarismo.
  • Conclusão de que tais eventos levaram ao golpe de 1964.

"Uma das maiores historiadoras, se não a maior historiadora brasileira hoje, na minha compreensão, a professora Eloísa Starling, está publicando um livro, ‘A Máquina do Golpe’, como foi desmontada a democracia no Brasil, referindo-se à passagem da década de 60..."

Principais pontos:
  • O livro mostra que um golpe não ocorre em um único dia e nem termina rapidamente.
  • Desde a Constituição de 1946, houve movimentações para enfraquecer a democracia.
  • Os eventos das décadas de 50 e 60 foram preparatórios para 1964.

3. Comparação com os Eventos Atuais

  • Referência à denúncia do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet.
  • Parâmetro histórico para análise dos eventos de 8 de janeiro.
  • Relato sobre o ambiente de tensão vivido pelos ministros do STF e do TSE.
  • Explicação sobre a antecipação da diplomação do presidente devido a sinais de instabilidade.
O cenário político brasileiro antes de 1964

"A década de 50, que para cada um de nós brasileiros bem sabemos, foi tumultuada..."

Principais pontos:
  • Tentativas de impedir vice-presidentes de assumirem.
  • Mandados de segurança impetrados no STF.
  • O impeachment informal de políticos.
  • A renúncia de Jânio Quadros e a tentativa de impedir a posse de João Goulart.
  • A crise que levou ao suicídio de Getúlio Vargas.
  • A transição para o parlamentarismo como uma tentativa de controle político.

4. Planejamento e Execução do Ataque de 8 de Janeiro

  • Observação da movimentação suspeita de manifestantes.
  • Relato da preocupação da então presidente do STF, Rosa Weber.
  • Análise da chegada coordenada de manifestantes e veículos.
  • Identificação de retirada de forças de segurança no momento do ataque.
O golpe de 1964 como um processo contínuo

"Tudo isso sendo gerado numa tentativa exatamente de não se permitir que o Brasil se constitucionalizasse numa democracia, acabando exatamente em 1964."

Principais pontos:
  • O golpe foi resultado de anos de articulação.
  • A obra de Eloísa Starling detalha como essa máquina funcionava.

5. Tentativas de Desacreditar a Democracia

  • Relato das tentativas de impedir eleitores de votar.
  • Estratégia de desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.
  • Uso da desinformação para minar a confiança nas instituições.
Comparação com os eventos de 8 de janeiro de 2023

"Na denúncia apresentada pelo professor Paulo Gonê, pelo procurador-geral da República, se eu começar a ler e quem assistir esse filme de trás para frente do dia 8 de janeiro..."

Principais pontos:
  • Há um paralelo entre a construção do golpe de 1964 e os ataques de 8 de janeiro.
  • Os servidores do STF e do TSE perceberam indícios de risco.
  • A diplomação do presidente foi antecipada devido a sinais preocupantes.
  • Movimentações suspeitas foram identificadas, como a chegada coordenada de ônibus a Brasília.

6. Democracia vs. Ditadura

  • Explicação sobre a importância da confiança na democracia.
  • Comparação entre democracia e ditadura:
    • Democracia permite segurança e desenvolvimento individual.
    • Ditadura reprime, tortura e mata opositores.
  • Citação do ministro Flávio Dino sobre a letalidade das ditaduras.
A tentativa de desacreditar as eleições e as instituições

"Se eu voltar um pouco antes, no período eleitoral, como foram tensos aqueles dias, as tentativas de impedir eleitores de votar..."

Principais pontos:
  • A máquina operava para desacreditar as eleições.
  • Ataques ao sistema eleitoral foram promovidos em espaços públicos.
  • A democracia se sustenta na confiança social.

7. Gravidade da Situação

  • Reconhecimento da ameaça à democracia no Brasil.
  • Citação da Constituição sobre crimes contra a ordem democrática.
  • Contextualização histórica de outras tentativas de golpe no Brasil.
  • Defesa da atuação do STF e do TSE na preservação da democracia.
Ditadura versus Democracia

"Ditadura mata. Ditadura vive da morte, não apenas da sociedade, não apenas da democracia, mas de seres humanos de carne e osso..."

Principais pontos:
  • Ditaduras operam por meio da repressão, tortura e assassinato.
  • O regime militar brasileiro perseguiu opositores.
  • Democracia permite liberdade e busca a felicidade individual e coletiva.

8. Atuação da Advocacia

  • Destacamento do papel dos advogados na defesa dos direitos.
  • Defesa do compromisso da advocacia com a justiça, e não com a impunidade.
  • Elogio à conduta dos advogados que condenaram os atos antidemocráticos.

9. O Dia 8 de Janeiro como Marco

  • Reflexão sobre o impacto do evento na memória coletiva.
  • Destacamento da ampla condenação social aos atos de vandalismo.
  • Defesa das instituições democráticas como patrimônio nacional.

10. Considerações Finais

  • Reafirmação da necessidade de lembrar os eventos para evitar repetições.
  • Crítica às tentativas de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral.
  • Enaltecimento da Justiça Eleitoral como pilar da democracia brasileira.

quarta-feira, 26 de março de 2025

🔴 Lula faz declaração à imprensa após reunião com primeiro-ministro do J...

🔴 Lula faz declaração à imprensa após reunião com primeiro-ministro do Japão





Brasil e Japão: 130 Anos de Cooperação Diplomática e Parcerias Estratégicas


Em 2025, o Brasil e o Japão celebram 130 anos de relações diplomáticas, marcando o início de um novo ciclo de colaboração entre as duas nações. Durante uma visita oficial ao Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciaram uma série de acordos bilaterais, reforçando uma parceria estratégica em diversas áreas cruciais, como comércio, ciência e tecnologia, mobilidade sustentável, e meio ambiente. Esta visita não apenas reforça a continuidade dessa relação histórica, mas também abre novos horizontes para uma cooperação mais profunda e diversificada.

Contexto da Visita

A visita de Estado do presidente Lula ao Japão ocorre em um momento crucial, com os dois países buscando estreitar laços econômicos, políticos e sociais. Durante sua estadia, o presidente brasileiro foi recebido com grande cordialidade, destacando a amizade que se solidificou desde a assinatura do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação em 1895. Lula foi o primeiro chefe de Estado a ser recebido no Japão desde o início da pandemia da COVID-19, sublinhando a importância simbólica e estratégica dessa visita.

A presença de uma delegação significativa, composta por ministros, empresários, parlamentares e sindicalistas, também demonstra o comprometimento do Brasil em expandir sua cooperação com o Japão, um país reconhecido mundialmente por sua excelência em tecnologia, inovação e sustentabilidade.

Parcerias Estratégicas e Acordos Assinados

Durante a visita, foram assinados 10 acordos bilaterais com o governo japonês, além de mais 80 instrumentos de cooperação envolvendo universidades, institutos de pesquisa e empresas privadas. O principal marco dessa parceria foi a adoção do Plano de Ação da Parceria Estratégica e Global, que inclui iniciativas concretas em áreas-chave para os dois países.

Entre os principais acordos, destacam-se:

  • Cooperação em Ciência e Tecnologia: O Brasil e o Japão acordaram em promover parcerias em pesquisa e inovação, com ênfase na transferência de tecnologias japonesas para o Brasil, especialmente nas áreas de educação e ciência.
  • Sustentabilidade e Combustíveis Renováveis: Um dos pontos altos da reunião foi o compromisso dos dois países em colaborar na transição energética global. O Japão, com sua expertise em mobilidade eficiente, e o Brasil, com sua liderança em biocombustíveis, firmaram parcerias para avançar na descarbonização do setor automotivo e energético.
  • Recuperação Ambiental: O Brasil, com sua vasta biodiversidade e vasta área florestal, tem se mostrado um parceiro essencial para iniciativas ambientais. Em particular, os dois países firmaram acordos voltados para a recuperação de pastagens degradadas e o combate ao desmatamento ilegal, especialmente na Amazônia.
  • Educação e Inclusão Digital: Outro compromisso importante foi o fortalecimento do ensino de língua japonesa no Brasil, beneficiando a grande comunidade de descendentes japoneses, e também promovendo o intercâmbio educacional entre as duas nações. A inclusão digital foi outro ponto-chave, com o Japão compartilhando suas práticas avançadas neste campo.

Comércio e Investimentos: Um Potencial de Crescimento

No campo econômico, a relação Brasil-Japão tem um grande potencial de crescimento. O comércio bilateral, atualmente na casa dos 11 bilhões de dólares, é considerado abaixo do que poderia ser, dada a complementaridade econômica entre os dois países. Durante a visita, o presidente Lula enfatizou a meta de superar os 17 bilhões de dólares registrados em 2011. Para isso, diversos acordos com empresas e governos locais foram firmados, abrindo caminho para novos investimentos, especialmente em setores como aviação, biocombustíveis e infraestrutura.

O Japão se comprometeu a investir no Brasil com a promessa de novos projetos, com destaque para a compra de aeronaves da Embraer por empresas japonesas. Além disso, com o Brasil assumindo a presidência do Mercosul no próximo semestre, espera-se que as negociações para um acordo de parceria econômica entre o Japão e o bloco avançem significativamente.

A Visão de Lula para a Cooperação Internacional

Durante a coletiva de imprensa, Lula destacou a importância da cooperação multilateral para resolver questões globais, como as mudanças climáticas, o combate à fome e a promoção da paz. O Brasil, sob sua presidência, tem buscado um papel de liderança em várias frentes, incluindo a promoção da segurança alimentar e a luta contra as mudanças climáticas. Em sua conversa com o primeiro-ministro japonês, Lula enfatizou a necessidade de fortalecer o multilateralismo, especialmente em tempos de crises internacionais, como a guerra na Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio.

Lula também fez questão de destacar a relevância das reformas internas do Brasil, como a reforma tributária, que visam tornar o país mais atrativo para investidores estrangeiros e impulsionar o crescimento econômico sustentável. Ele expressou confiança de que o Brasil, com o apoio do Japão, pode se tornar um líder mundial na transição para uma economia verde e no desenvolvimento de tecnologias limpas.

O Futuro da Parceria Brasil-Japão

A visita do presidente Lula ao Japão representa um marco significativo na história das relações entre os dois países. Com base nos acordos assinados e nas discussões sobre futuras áreas de cooperação, a parceria Brasil-Japão está pronta para alcançar novos patamares. Ambos os países compartilham uma visão comum de um futuro mais sustentável, pacífico e próspero, e as oportunidades de colaboração nas áreas de tecnologia, educação e sustentabilidade são vastas.

A relação entre Brasil e Japão é um exemplo de como nações com contextos diferentes podem unir forças para enfrentar os desafios globais. À medida que o Brasil se prepara para um papel de maior destaque na arena internacional, o Japão, com sua tecnologia avançada e compromisso com a paz e o desenvolvimento, será um parceiro fundamental nesse caminho.

Com esses acordos, ambos os países demonstram sua disposição em fortalecer ainda mais os laços diplomáticos, comerciais e culturais, garantindo que os próximos 130 anos de relações Brasil-Japão sejam ainda mais frutíferos e significativos para ambos.




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Bolsonaro responde a questionamentos sobre visita à embaixada da Hungria...

Bolsonaro responde a questionamentos sobre visita à embaixada da Hungria: 'Há crime?'



Dormir na embaixada da Hungria é crime?

A pergunta de Bolsonaro sobre se "dormir na embaixada da Hungria é crime" pode ser analisada sob diferentes perspectivas: jurídica, diplomática e política.

1. Aspecto Jurídico

Tecnicamente, dormir em uma embaixada estrangeira não é crime em si. No entanto, há nuances:

  • Se a intenção for evitar uma ordem judicial, pode configurar obstrução da justiça.
  • Caso o ex-presidente estivesse buscando asilo político, ele deveria seguir protocolos diplomáticos, e o governo brasileiro poderia contestar a legalidade dessa tentativa.

2. Aspecto Diplomático

  • Embaixadas são consideradas território estrangeiro para fins diplomáticos, mas isso não significa que a pessoa esteja imune às leis do país hospedeiro.
  • A Hungria teria que justificar a presença prolongada de Bolsonaro na embaixada e poderia sofrer sanções diplomáticas se fosse comprovado um uso indevido da instalação.

3. Aspecto Político

  • A pergunta pode ser interpretada como uma estratégia para provocar a mídia e desafiar seus críticos.
  • Bolsonaro pode estar testando a opinião pública sobre a viabilidade de buscar refúgio em outro país.

Conclusão

Não há crime específico por "dormir" na embaixada, mas as circunstâncias determinam se isso pode ter implicações legais ou políticas. Caso haja um processo em andamento contra Bolsonaro, sua permanência na embaixada poderia ser interpretada como uma tentativa de fuga ou de buscar proteção diplomática.





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segunda-feira, 24 de março de 2025

Cabeleireira que Pichou 'Perdeu, Mané' no STF confessou ter participado ativamente dos atos golpistas

Cabeleireira que Pichou 'Perdeu, Mané' no STF confessou ter participado ativamente dos atos golpistas

Débora Rodrigues não foi condenada ‘apenas pelo batom na estátua’, rebatem juristas.
(Manchete ICL)


Cabeleireira que Pichou 'Perdeu, Mané' no STF confessou ter participado ativamente dos atos golpistas
Estátua da-Justiça em frente ao STF - Pichada
Joedson Alves/Agencia-Brasil
(Reprodução Internet)

Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira de 38 anos, ganhou destaque nacional ao participar dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. Durante as manifestações, Débora pichou a frase "Perdeu, mané" na estátua "A Justiça", localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A expressão remete a uma declaração do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, proferida em novembro de 2022.

Em março de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, votou pela condenação de Débora a 14 anos de prisão em regime fechado. Ela foi acusada de cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. Moraes destacou que Débora confessou ter vandalizado a escultura "A Justiça" e participou ativamente dos atos golpistas.

A defesa de Débora, representada pelos advogados Hélio Júnior e Tanieli Telles, manifestou profunda consternação com o voto de Moraes, classificando a pena como um "marco vergonhoso na história do Judiciário brasileiro". Eles argumentaram que Débora nunca teve envolvimento com crimes e que o julgamento teria caráter político. Além disso, ressaltaram que a condenação por associação armada, baseada apenas na pichação, seria uma "pura perversidade".

Juristas consultados sobre o caso refutaram a ideia de que Débora foi condenada apenas pela pichação. Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, alertou para a criação de uma "falsa narrativa" e enfatizou que a pena não se deve somente ao ato de pichar a estátua, mas a uma série de delitos imputados e confirmados contra ela. A advogada Maíra Recchia, presidente da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB de São Paulo, afirmou que a pena é severa porque tutela o Estado Democrático de Direito, ressaltando que a pichação foi o último ato de uma trajetória criminosa e golpista.

O julgamento de Débora ocorre no plenário virtual da Primeira Turma do STF e estava previsto para ser concluído até 28 de março de 2025. Até o momento, os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação. O ministro Luiz Fux pediu vista do processo, adiando a conclusão do julgamento.

O caso de Débora Rodrigues dos Santos exemplifica a resposta do Judiciário brasileiro aos atos de 8 de janeiro, ressaltando a importância da proteção ao Estado Democrático de Direito e a responsabilização dos envolvidos em ações que visam subvertê-lo.

O relator votou para condenar Debora pelos seguintes crimes:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, pena de quatro anos e seis meses de reclusão;
  • Golpe de Estado, pena de cinco anos;
  • Dano qualificado, pena de um ano e seis meses, além do pagamento de multa;
  • Deterioração de patrimônio tombado, pena de um ano e seis meses, além do pagamento de multa;
  • Associação criminosa armada, pena de um ano e seis meses.
Processo: AP 2.508

“Não merece acolhimento, portanto, a alegação de manifestação ordeira e pacífica apresentada pela defesa, tendo sido registrado intenso confronto até a efetiva retomada dos prédios públicos que foram invadidos e depredados.”
Alexandre de Moraes, em voto para condenar Débora Rodrigues Santos… -

Fontes




Livro sobre Política


Livro sobre Saúde Sexual


Livro sobre Saúde Mental


Livros Área da Saúde


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