quarta-feira, 11 de junho de 2025

Bolsonaro no STF: Entre a Fanfarra e a Fralda Moral

Bolsonaro no STF: Entre a Fanfarra e a Fralda Moral

Bolsonaro no STF

Publicado em: 11 de junho de 2025

No dia 10 de junho de 2024, Jair Bolsonaro se apresentou diante do Supremo Tribunal Federal para prestar depoimento em um dos casos mais delicados de sua carreira política: a investigação sobre tentativa de golpe de Estado e articulações antidemocráticas.

O momento, aguardado com grande expectativa, foi marcado mais pelo constrangimento do que pelo conteúdo. Longe da retórica inflamada que marcou seu governo, o ex-presidente mostrou-se hesitante, evasivo, acuado — um contraste gritante com a imagem de valentia que projetava nos famosos “cercadinhos” e lives presidenciais.

Calmantes visíveis em sua linguagem corporal, suor abundante e uma postura defensiva compuseram o retrato de um homem em queda.

A crônica “Crônica de uma covardia anunciada” sintetiza o sentimento de muitos brasileiros diante da performance do ex-capitão. O texto, escrito com ironia cortante, não economiza nas metáforas corporais para descrever o que viu como um espetáculo grotesco de covardia, mentira e autoincriminação. A linguagem popular, embora dura, acerta ao captar o espírito do momento: o colapso público de um personagem construído sobre a bravata.

Os advogados atuais, diferentes dos da época das investigações preliminares, tentaram conduzir uma defesa técnica, mas foram ofuscados por uma sucessão de tropeços retóricos do próprio Bolsonaro, além de contradições com falas anteriores. Como destaca a crônica, houve “coragem performática” nos bastidores e “peidorreira moral” diante do juiz.

Mais do que um julgamento, o dia 10/06 simbolizou uma virada no imaginário político nacional. A máscara caiu, e com ela caiu também o mito da valentia inabalável. Para muitos, ficou a sensação de que o Brasil precisa não apenas de justiça, mas também de um “Bolsa-Sanidade” — um socorro coletivo contra a normalização do absurdo.

A memória brasileira é curta, mas a vergonha de ter idolatrado um herói de papelão pode durar um pouco mais. E, como bem pontuou o cronista, o fedor que ficou no ar talvez seja apenas o perfume tardio da justiça que se anuncia.

📘 Leia também: Crônica de uma covardia anunciada (no Facebook)


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Tags: Bolsonaro, STF, julgamento, golpe de Estado, democracia, política brasileira, crônica política

DEPOIMENTO DO GENERAL PAULO SÉRGIO (APELIDO: GPS)

DEPOIMENTO DO GENERAL PAULO SÉRGIO (APELIDO: GPS)



sexta-feira, 6 de junho de 2025

A fuga de Carla Zambelli

A fuga de Carla Zambelli

A fuga da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) do Brasil, após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), gerou grande repercussão política e jurídica.

🛫 Fuga e Condenação

Em 25 de maio de 2025, Zambelli deixou o Brasil pela fronteira com a Argentina, seguindo para Buenos Aires. De lá, viajou para os Estados Unidos e, posteriormente, para a Itália, onde possui cidadania. A deputada foi condenada pelo STF por ordenar a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a emissão de documentos falsos. Após sua saída do país, o ministro Alexandre de Moraes determinou sua prisão preventiva e solicitou a inclusão de seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol.

⚖️ Repercussões Jurídicas

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o bloqueio de bens de Zambelli para garantir o cumprimento de condenações em causas civis nas quais é ré. Além disso, o STF instaurou um inquérito para apurar possíveis crimes de coação no curso do processo.

🇮🇹 Situação na Itália

Zambelli declarou que, por ter passaporte italiano, está segura na Itália e que "podem colocar a Interpol atrás de mim, eles não me tiram da Itália". No entanto, especialistas afirmam que a cidadania italiana não a torna imune às leis ou ao acordo de extradição firmado entre a Itália e o Brasil. Há precedentes de extradição de cidadãos italianos condenados no Brasil, como o caso de Henrique Pizzolato.

🧾 Consequências Políticas

A fuga de Zambelli ocorre em um momento delicado para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta investigações relacionadas a seu filho, Eduardo Bolsonaro, e a uma suposta tentativa de golpe de Estado. Zambelli, que já foi uma aliada próxima de Bolsonaro, havia rompido laços políticos com o ex-presidente, que a culpou por sua derrota nas eleições de 2022 após um episódio em que ela perseguiu um militante do PT com uma arma em mãos.

📰 Conclusão

A fuga de Carla Zambelli levanta questões sobre a eficácia das instituições brasileiras em lidar com casos de figuras públicas condenadas. O desfecho desse caso poderá estabelecer precedentes importantes para a política e o sistema judiciário do país.

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Trump ataca Elon Musk e critica Biden por manter subsídios bilionários

Trump ataca Elon Musk e critica Biden por manter subsídios bilionários

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, publicou uma declaração direta contra o bilionário Elon Musk e seus contratos com o governo americano. Em sua rede social, Trump afirmou:

Post de Trump sobre Elon Musk
“A maneira mais fácil de economizar dinheiro em nosso orçamento — bilhões e bilhões de dólares — é encerrar os subsídios e contratos governamentais de Elon. Sempre me surpreendi que Biden não tenha feito isso!”

💸 Subsídios a Musk: o que está em jogo?

Elon Musk é CEO de empresas como Tesla, SpaceX e Starlink — todas com grandes contratos e incentivos públicos:

  • Tesla: isenções fiscais para carros elétricos e energia limpa.
  • SpaceX: contratos com a NASA e o Departamento de Defesa para lançamentos e segurança espacial.
  • Starlink: serviços contratados para zonas de guerra, como na Ucrânia.

Trump sugere que esses acordos seriam desnecessários ou excessivos, podendo ser cortados para reduzir o déficit público.

🔄 Relação tensa com Elon Musk

Embora Musk já tenha demonstrado simpatia por ideias conservadoras, sua relação com Trump esfriou. O empresário chegou a dizer que não votaria novamente em Trump e, por um período, apoiou o governador Ron DeSantis e o independente Robert F. Kennedy Jr.

Em resposta, Trump já o chamou de “artista do hype” e agora reforça as críticas.

🧨 Crítica indireta a Biden

Além de Musk, o alvo de Trump é também Joe Biden, a quem ele acusa de manter privilégios e não cortar esses gastos bilionários. A declaração sugere que Trump, se eleito novamente, tomaria uma atitude diferente.

✍️ Conclusão

Com a eleição americana se aproximando, Trump retoma seu estilo combativo — atacando rivais políticos e grandes empresários — enquanto se posiciona como o defensor da economia e do corte de gastos públicos.




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